quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Chega hoje às salas portuguesas o "biopic" sobre Steve Jobs, o mítico fundador da Apple. O ator Ashton Kutcher veste a sua pele num filme que revisita sobretudo alguns episódios marcantes da sua carreira profissional.
                                 
Título: 'Jobs'
Realização: Joshua Michael Stern
Com: Ashton Kutcher, Josh Gad, Lukas Haas, Victor Razuk
Apesar de toda uma longa história de sucessos e fracassos que remonta aos anos 70, foi no momento em que apresentou o primeiro iPod, em 2001, que Steve Jobs ganhou a dimensão de ícone pop à escala global. Não é portanto por acaso que Jobs, o filme de Joshua Michael Stern que amanhã chega às salas de cinema portuguesas, começa precisamente por recriar esse momento em que o pequeno leitor digital - que de facto mudou a forma como hoje quase todos nós ouvimos música - foi visto pela primeira vez num auditório da Apple, numa apresentação num estilo informal que Steve Jobs moldou à sua imagem e a um modelo de comunicação que, entretanto, já fez escola.
Escolhido como filme de encerramento da edição deste ano do festival de Sundance, o projeto começou a nascer da leitura de inúmeras entrevistas dadas pelo fundador da Apple. Assinado por Matt Whiteley, o argumento procura recordar sobretudo episódios da vida profissional de Steve Jobs, relegando para um plano claramente secundário as breves frestas pelo espaço da sua vida pessoal que agora vemos retratada no grande ecrã. A garagem da casa dos pais onde tudo começou, o sucesso do computador Apple II, a criação do Macintosh ou episódios da vida empresarial da companhia que passam por várias reuniões de criativos, de técnicos ou de administradores, fazem a maioria dos quadros de um filme mais centrado numa tentativa de retratar os acontecimentos que eventualmente interessado em conhecer as personagens que ali encontramos.

Excetuando a evocação da apresentação do iPod que abre o filme, toda a narrativa está cronologicamente arrumada, os vários peões do universo do fundador da Apple sendo recriados no cinema por atores com semelhanças físicas bem evidentes, a figura de Steve Jobs cabendo a Ashton Kutcher. Porém, e tal como aconteceu recentemente no modo essencialmente físico com que Anthony Hopkins recriou Alfred Hitchcock para o filmeHitchcock (que recordou o momento em que nasceu o clássico Psico), também o Steve Jobs de Ashton Kutcher foca as atenções do ator (e consequentemente do espectador) numa tentativa de decalque dos gestos e do modo de caminhar do líder da Apple.
Criticado por questões de veracidade como as já levantadas por Steve Wozniak (um dos fundadores da Apple retratados no filme),Jobs não será em breve o único biopic sobre este ícone do nosso tempo. Com argumento de Aaron Sorkin (The Newsroom ou A Rede Social), um novo filme será baseado em momentos concretos da autobiografia de Steve Jobs.

'Jobs': À procura de uma dimensão mítica
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Co-fundador da Apple arrasa filme sobre Steve Jobs

"Há muitas coisas erradas", afirma Steve Wozniak sobre o filme que retrata a vida do norte-americano Steve Jobs, com quem fundou a Apple. "Foi decepcionante", acrescenta o co-fundador da Apple.

Wozniak, que também é retratado no filme, critica a forma como Ashton Kutcher, interpreta o papel de Steve Jobs e a verdade de algumas cenas. "É como se fosse um fã", salienta. "Sem conseguir ver que ele tem muitas falhas", adianta. "Parece que ele foi posto fora da empresa por nenhuma razão, sem ouvir as pessoas que explicam o que estava a correr mal", nota.
O co-fundador da Apple adianta ainda que há detalhes que não são verdade. "A minha relação com o Steve Jobs não era assim e a relação de outras pessoas com o Steve Jobs não era assim", frisou, em entrevista à estação de televisão norte-americanaBloomberg."Glorificam o Steve Jobs da primeira fase quando não assim", critica. "Não gostei de ver pessoas que conheço não receberem o respeito que merecem", afirma.
Wozniak considera que Steve Jobs era um visionário mas que que não sabia executar as suas ideias e que foi apenas quando regressou aos comandos da Apple que o conseguiu fazer. "Tudo parece sair da cabeça dele quando na verdade é trabalho de muitas pessoas". "Ele fez muito para melhorar a nossa vida mas considero que o filme não retrata bem a relação que tinha com os outros".
Sobre o ator que representa o papel de Steve Wozniak, Josh Gad, afirma que "da maneira como está escrito faz coisas que eu nunca fiz". "Mas acho que ele representou bem", diz, reconhecendo que se riu com algumas piadas do filme. "Ri-me quando dizem que carrega o meu peso. É uma boa piada, ainda que fosse magro na altura".
O engenheiro, de 63 anos, foi convidado por Ashton Kutcher para ser consultor no filme mas declinou a proposta. "Li o guião, com a minha mulher, não achei bem entrar a meio, quando já havia um guião, não gostei de algumas coisas, porque estavam muito longe da verdade e disse que não por ter uma vida muito agitada na altura". Mantém-se, no entanto, como consultor de um filme que está a ser preparado por Aaron Sorkin. "Uma coisa é ser a fonte primária de um guião e levarem as nossas informações em linha de conta, outra é estar escrito e modificá-lo aqui e ali".
Woz, como é conhecido, confessa que "tinha grandes expetatitvas" quanto ao filme. Foi vê-lo na quinta-feira, numa sessão da meia-noite, para não ser incomodado. "Jobs", realizado por Joshua Michael Stern, estreia em Portugal na quinta-.feira, dia 22.


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