quinta-feira, 24 de outubro de 2013

                      

Aliados dos EUA estão furiosos com a espionagem  em massa, realizada pela N.S.A.

Merkel diz que espionagem entre amigos não deve existir

A chanceler alemã afirmou hoje, à chegada a Bruxelas, que é necessário que haja "confiança entre parceiros". Um recado para os Estados Unidos, depois das suspeitas de que o seu telemóvel foi espiado pela administração norte-americana.

Angela Merkel insistiu hoje, à chega à Cimeira Europeia que decorre hoje e sexta-feira, em Bruxelas, na mensagem que já havia dado na quarta-feira a Barack Obama, num telefonema em que exprimiu a sua repulsa pela possibilidade de os Estados Unidos terem escutado as conversas do seu telemóvel.
"Espionagem entre amigos, isso não deve existir", afirmou Angela Merkel. "Precisamos de confiança entre parceiros, e essa confiança deve ser restaurada", insistiu a chanceler, salientando que este caso diz respeito a todos os cidadãos.
Antes destas declarações, Merkel encontrara-se com o presidente francês François Hollande e discutira o assunto com ele, com o objetivo de "coordenar a reação", informou fonte diplomática francesa
Na quarta-feira, Angela Merkel já falara com Barack Obama sobre a suspeita de que o seu telemóvel havia estado sob escuta. Mais um caso que envolve a administração Obama, suspeita de espionagem a organizações e personalidades internacionais.
No Brasil, segundo avançou a Rede Globo em setembro, as comunicações da presidente Dilma Rousseff estiveram sob escuta. No domingo passado, o alemão Der Spiegel noticiou que o mesmo acontecera com Felipe Calderon e Enrique Pina Nieto, ex-presidente e presidente, respetivamente, do México.Em França, de acordo com o diário Le Monde, que citou documentos do ex-consultor da NSA Edward Snowden, foram efetuados 70,3 milhões de registos de dados telefónicos de franceses, entre 10 de dezembro de 2012 e 08 de janeiro passado.
O semanário italiano L'Espresso noticiou hoje que as comunicações dos cidadãos italianos também foram alvo de escutas pelos serviços secretos norte-americanos e britânicos.
Na sequência destes casos, a espionagem tornou-se tema central da Cimeira Europeia, que se julgava rotineira e dedicada a assuntos económicos. Hoje em Bruxelas, a Comissão Europeia afirmou que chegou a hora de agir e dar à União Europeia (UE) uma voz "forte e unida" face os Estados Unidos.
"Nós consideramos, na Europa, o direito ao respeito pela vida privada como um direito fundamental", disse José Manuel Durão Barroso, numa conferência de imprensa após a Cimeira Social Tripartida, após ser questionado sobre eventual escutas por parte das autoridades norte-americanas a organizações e personalidades internacionais, nomeadamente a chanceler alemã, Angela Merkel.
"Soubemos até recentemente o que é o totalitarismo e o que é a intromissão do Estado na vida privada", sublinhou, exemplificando com a ação da polícia política na ex-República Democrática da Alemanha que "espiava as pessoas quotidianamente".


Berlim pede explicações ao embaixador americano

o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador americano para explicar as informações de que os serviços secretos norte-americanos teriam escutado o telemóvel da chanceler Angela Merkel.
Angela Merkel telefonou a Barack Obama e exigiu "explicações completas" sobre o caso, sublinhando que este tipo de espionagem é "completamente inaceitável" e, a ser verdade, seria um "duro golpe na confiança" entre os dois países. O presidente americano assegurou que os serviços secretos não espiaram a chanceler alemã.
O ministro Guido Weterwelle vai encontrar-se com o embaixador John Emerson esta tarde.



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